sexta-feira, 2 de julho de 2010

China

Ruas perdidas em mercadorias
os puxados semblantes
esforçados
numa labuta sem distinção do gênero

E a amarela em busca
de transparentes maçãs
no fetiche da homogeneização
das culturas transladadas
permanentes
na veia de pulsante exploração
na terra do Sol nascente
céu sem azul do oriente

O ópio
em corpos inclinados
esticados na arte
no golpe
os incensos
criam a fumaça para o consenso

Multidões ocupam o cantão
sem entender
os sinais
ajudam a sobreviver
numa estrutura sem igual
a imensa nação

Macau não foi
cultural na revolucionária tentativa
mao sucedida
na possibilidade da real liberdade

As amarras das contradições
da escravidão capitalista
aprisionam    
    matam
utopias e vidas
para além da China...

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