segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Erva-mate

Erva que palpita meu coração
Quero mergulhar nas letras
Mas na euforia
Me perco em pensamentos
Pressentimentos
Em tormentos
Mergulho em palavras
Milhares da poesia
Da literatura
Sociologia
Economia

Impasses e arranques
De uma história milenar
Na construção do dia a dia
Envolvo-me na expectativa
Da melancolia

Pela noite ou pelo dia
Caminho em busca
De encontrar caminho
A desesperança
Na matança
Da verdade e da vida

Decadência ideológica
Tentamos romper

Imobilismo
Tentamos mover

Conjunturas, texturas
Tessituras
Podem crescer
Irromper

Erva que palpita e precipita-me
Mergulhar pela noite
Por respostas
Já postas
E compostas
Por compósitos seres que buscam respostas.

(18/09/2009 - Na plena seca de Brasília)

RASCUNHO

Sozinhos
Nada conseguiremos
Como Drumond diria
Só de mãos dadas

Mudar
Desumanidade
Caótica e colossal


Somente na luta
Cotidiana de um povo sabido
Desprendido e
Entendido do seu papel primordial

Vamos a luta camarada
Pois há esperança

Sim sabemos existir
Outro capitulo
Na verdade outro livro
Outra história
Esses foram só rabiscos de um rascunho infeliz

Vamos pintar e escrever a nossa história
Na arte livre e espontânea
Coletiva e cordial
De modificarmos para a vitória

Por meio da luta
Não momentânea
Para no final rasgarmos o rascunho
E traçarmos a contemporânea busca

Pois há de começar uma nova história...

(início de agosto de 2009 em Brasília)