quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Aquarela nada bela

Individualidades
Infringidas, destruídas
Na formação de um exército
Modificado na formatação
De seres supostamente iguais

Individualismo
Rei da ação
no cotidiano vivido
da competição

Transformismo
poderemos transformar de verdade
quando?

Libertadores mascarados
Descarados na possibilidade
da ingenuidade de um povo
sofrido, lambido
pela seca da tristeza
de lágrimas inundantes

Derrubam vidas
matam esperanças
Da casinha de papelão
Tudo em vão

Obras para mudar
Meras maquiagens
que se transformarão em borrões
na aquarela do Brasil
de norte a sul

Pingos de mudanças
pela desenfreada acumulação
num mundo em destruição

Aquece, esfria, degela
Vamos humanizar
Sustentar o planeta

Aff!Chega de engodos!
Assim explodo...

Deveras necessária
Verdade, a permanência
possível
engendra com outra
sociabilidade

Bárbara crueldade
constante
o verde vira marrom
o azul vira cinza
E a humanidade avermelhece
na paixão da ação
ou na morte em um caixão...

domingo, 27 de dezembro de 2009

2010

Hora de recomeçar
Um inicio sempre esperado
Esperança que seja mudado

Expectativa espraia
A mente de todos aqueles inquietos
Com a barbárie cada vez mais presente
A indiferença não ausente

Cada ano
Um pesar
Constantes recuos
Tropeços não cessam

Apesar do esforço contínuo
Nunca exíguo de acreditarmos
A verdadeira história há de começar

Pelas veredas da razão
De mais uma possibilidade
Mergulhamos na sensação
É um novo ano!

Perduraremos na luta
Com intemperança

Buscaremos sem comedida
Abraços fraternos
Transformarão a inação

Revolucionar
Na batalha das ideias
E na guerra por outro mundo
É imprescindível é necessário

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Erva-mate

Erva que palpita meu coração
Quero mergulhar nas letras
Mas na euforia
Me perco em pensamentos
Pressentimentos
Em tormentos
Mergulho em palavras
Milhares da poesia
Da literatura
Sociologia
Economia

Impasses e arranques
De uma história milenar
Na construção do dia a dia
Envolvo-me na expectativa
Da melancolia

Pela noite ou pelo dia
Caminho em busca
De encontrar caminho
A desesperança
Na matança
Da verdade e da vida

Decadência ideológica
Tentamos romper

Imobilismo
Tentamos mover

Conjunturas, texturas
Tessituras
Podem crescer
Irromper

Erva que palpita e precipita-me
Mergulhar pela noite
Por respostas
Já postas
E compostas
Por compósitos seres que buscam respostas.

(18/09/2009 - Na plena seca de Brasília)

RASCUNHO

Sozinhos
Nada conseguiremos
Como Drumond diria
Só de mãos dadas

Mudar
Desumanidade
Caótica e colossal


Somente na luta
Cotidiana de um povo sabido
Desprendido e
Entendido do seu papel primordial

Vamos a luta camarada
Pois há esperança

Sim sabemos existir
Outro capitulo
Na verdade outro livro
Outra história
Esses foram só rabiscos de um rascunho infeliz

Vamos pintar e escrever a nossa história
Na arte livre e espontânea
Coletiva e cordial
De modificarmos para a vitória

Por meio da luta
Não momentânea
Para no final rasgarmos o rascunho
E traçarmos a contemporânea busca

Pois há de começar uma nova história...

(início de agosto de 2009 em Brasília)

terça-feira, 28 de julho de 2009

H1N1

Crise
Gripe
Crendice

Milenar
Cultura popular
Que já não sei explicar

Hoje a tosse é dose
Para aumentar o cofre
De uma cíclica
Agora já explicita
De mais uma era faminta
Que não consegue superar

Mudar
Medicar
Ou rezar

Das três
A sábia resposta
Vem da razão da ocasião de uma revolução
27.08.09- Avião – gol – rio -bsb

Vênus

Há ou Ah!
Outras vidas
Outros seres

Demasiadamente evoluídos?
Exageradamente perversos?

Ah!Vênus
Deusa do amor
Prima da Terra
Primata do horror

Trocadilhos chulos
Dispersos em uma vida
Triste e fugaz

Repleta de agonias
Das injustiças

Injuriada
De perceber homens inumanos
Na animalesca sobrevivência perversa
De um mundo insano

Maciota

Recrudesço no dia a dia
Do tropeço do meu peso
De caminhar nos cactos

Ora talvez se não há esperança
Para a balança do pesar
Apesar dos pesares
Continuo a sonhar

Imagino gaivotas
Na maciota de transformar a natureza
Livre
Claro,
como um pássaro

Reproduzir a arte
A vida
De viver em liberdade

Na igualdade de todos
inorgânicos e orgânicos
Romper todos os engodos

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Seca pura no mergulho dos olhos


No cerrado
Sinto o aroma da maresia


A angústia


Da distância
Da possibilidade
De Mergulhar


Na pura seca e verdadeira
Irreal da ausência
Do hipotético

D`minha alma


Na reinvenção
Da afeição
Pela existência


Do Rio
Ou do lago
Na montanha
Ou no planalto


O aromático lacrimejar dos olhos
Água dos olhos correm
Na tristeza, euforia

Da seca pura nos molhados olhos
Na dialética da existência
Do ser e não ser

Bom senso

Falsidade
Na qualidade
De enganar a realidade

Do bom senso
Do consenso
De enganar a todos

Ora se não há
Possibilidade de mudar a realidade

A verdade
Ora discutida ora negada

Sem relativismos

Não me diga hipocrisias